Quando contratar um síndico profissional? Descubra!

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A realidade dos condomínios mudou drasticamente nos últimos anos. Antes, esse conjunto de imóveis era menos complexo, mas, atualmente, é comparado a verdadeiras cidades, com vários serviços internos disponíveis. Gerenciar todos os aspectos dessa infraestrutura tornou-se um trabalho que não pode ser realizado por pessoas sem qualificação — pelo contrário: é necessária a contratação de um síndico profissional.

Em prédios residenciais menores, o mais comum é que o síndico seja apenas um dos moradores, geralmente alguém de mais confiança, capaz de lidar com essas responsabilidades e com maior disponibilidade no dia a dia. Porém, para algo na escala de uma pequena cidade, com vários serviços que precisam ser regulados todos os dias, torna-se indispensável a ajuda de um síndico especializado.

Se você mora em um condomínio assim, então, esse tipo de profissional será muito bem apreciado.

Já ouviu falar nesse tipo de serviço e entende seus benefícios para um condomínio? Explicamos tudo para você neste artigo. Acompanhe!

Qual é a diferença entre um síndico comum e o profissional?

Durante décadas, o síndico era normalmente um morador aposentado ou que não trabalhava fora, do tipo que tinha bastante tempo livre. Além disso, quem ocupava o cargo era eleito porque se destacava pela proatividade na cobrança por melhorias no condomínio. Porém, alguns fatores enfraqueciam a efetividade de sua atuação (um deles era a dificuldade de separar a vida pessoal da profissional).

Por mais que se trate de um cargo, o síndico era visto como um morador com a responsabilidade de resolver os problemas internos. Essa grande cobrança quase sempre o cansava e estressava. Em contrapartida, o próprio eleito acabava “tomando o partido” dos vizinhos que eram seus amigos e fazendo “vista grossa” aos apelos dos outros condôminos.

Para piorar, muitas pessoas se tornavam síndicas sem a mínima noção de gestão condominial. É importante lembrar que o condomínio funciona como uma empresa, portanto, o responsável precisa saber como administrar, ter conhecimento sobre leis e impostos, além de entender sobre contabilidade.

Por todos esses motivos, alguns já percebiam que algo precisava mudar a respeito da função. No entanto, foi somente com a aprovação da Lei Federal nº 10.406/02 que o assunto se esclareceu. Segundo o artigo 1.347 desse dispositivo, a assembleia poderá escolher alguém que não seja morador para administrar o condomínio.

Assim, surgiram os síndicos profissionais. Diferentemente dos que ocupavam essa função anteriormente, trata-se de pessoas capacitadas e especializadas na gestão de condomínios. Sendo assim, entrou em cena uma figura imparcial, neutra e com qualificação para liderar as demandas condominiais.

Um síndico profissional tem a vantagem principal de ser uma pessoa de fora. Se, por um lado, isso faz com que ele não enxergue certos problemas com a mesma clareza, também permite, por outro, que ele tenha um olhar um pouco mais imparcial. Além de não ter amigos e nem se beneficiar diretamente de suas ações, também tem uma visão ampla do orçamento e das repercussões de cada gasto.

Também não é necessário se preocupar com a perda de agência por parte dos próprios moradores nas tomadas de decisão. Mesmo com um profissional lidando com a maior parte do trabalho, ele ainda tem a obrigação de convocar reuniões e assembleias para votar decisões relevantes, como mudanças no orçamento, projetos em áreas de uso comum, entre outras coisas.

Sem uma ata sobre a decisão tomada, ela não é considerada oficial, e o síndico pode até ser punido.

Claro, também é necessário levar em conta que a contratação de um síndico para o condomínio pode pesar bastante no orçamento mensal dos moradores. Como profissional, ele receberá um salário condizente com suas obrigações, o qual deve ser pago com parte do dinheiro do aluguel.

Em edifícios muito pequenos, que contenham apenas uma dezena de apartamentos, é provável que isso pese muito no orçamento geral. Para condomínios maiores, esse custo é mais diluído, o que contribui para a relação entre custo e benefício, mas o síndico ainda receberá um valor proporcionalmente maior, ainda mais se for especializado e tiver mais responsabilidades. Leve esses fatores em conta antes de decidir se ele é necessário.

Embora não haja graduações acadêmicas para o cargo, algumas instituições oficiais do setor imobiliário oferecem cursos e certificações. Dessa forma, é possível dar ao condomínio uma administração que favoreça o bem-estar de todos e a economia de recursos financeiros. Além disso, a formação em determinadas áreas, como administração, pode ser algo muito bem-vindo nessa carreira.

Quais são os benefícios dos serviços de um síndico profissional?

No tópico anterior, citamos brevemente algumas vantagens que os serviços de um síndico profissional oferecem para os condomínios. A partir de agora, aprofundaremos a abordagem sobre os principais benefícios dessa gestão. Acompanhe e entenda melhor suas principais qualidades.

Relacionamento profissional

Imagine um síndico que também seja morador do condomínio tentando amenizar um conflito entre dois vizinhos, sendo que há uma rixa antiga com um deles devido a discussões sobre níveis de ruídos. É quase impossível fazer uma mediação imparcial nessa situação, não concorda?

Mesmo que ninguém tenha motivo para reclamar do outro, é difícil separar a figura do gestor da de um vizinho, por mais que você se esforce. Assim, a credibilidade das decisões pode “cair por terra” quando uma atitude é tomada. Mas isso não é um problema tão comum com um síndico profissional, uma vez que não existem vínculos de relacionamento com os moradores do condomínio.

As decisões nas assembleias e mediações de conflitos serão baseadas nas regras da convenção e nas normas oficiais de convivência estabelecidas por lei, não em sentimentos pessoais ou olhares enviesados. Em vista disso, e considerando que o síndico em questão saiba fazer um bom trabalho de mediação, o respeito será maior, gerando um clima de seriedade e compromisso com o cumprimento das deliberações.

Experiência

Um síndico comum pode ficar por décadas gerenciando o mesmo condomínio e acumular bastante experiência, mas o profissional administra vários empreendimentos diferentes nesse período e sabe lidar com uma variedade muito maior de problemas.

Você consegue pensar na rica experiência que ele pode adquirir? Atualmente, há vários tipos de conjuntos de imóveis, como os condomínios-clube, os parques residenciais etc., os quais precisam de atenção diferenciada.

Além disso, a estrutura interna muda de acordo com o padrão do condomínio em questão. Aqueles considerados de luxo costumam ter mais espaços comuns com piscinas, área gourmet, quadras esportivas e até escritórios compartilhados. Sendo assim, gerenciar um empreendimento desse nível envolve muita capacidade profissional e disponibilidade.

Em condomínios de médio padrão, o número de serviços diminui, mas as necessidades básicas dos moradores são as mesmas. Ao lidar com essas realidades, o síndico profissional consegue entender o que funciona ou não na prática, ajudando a atender às demandas internas de forma mais eficiente.

O dinamismo que a função exige também faz com que a pessoa responsável se mantenha atualizada em relação às inovações da área.

Conhecimentos

Como falamos, o condomínio pode ser comparado a uma empresa — as demandas são muito parecidas, de fato. Se o profissional que trabalha em uma organização precisa ter conhecimentos específicos, não há motivo para exigir menos do síndico do seu condomínio.

No entanto, quais conhecimentos são necessários para desempenhar esse tipo de função? As práticas de Recursos Humanos que envolvem a gestão do capital humano do condomínio são alguns dos exemplos. Não estamos falando dos moradores, mas, sim, dos funcionários do empreendimento, como a equipe de limpeza, segurança e manutenção.

A administração desse pessoal engloba o controle da folha de pagamento, o cálculo da jornada de trabalho e as garantias trabalhistas, além de atender a pequenas demandas e a negociações quando necessário.

Além disso, há os processos de admissão, demissão, realocação e promoção dos empregados, sem falar no treinamento contínuo para aprimorar e atualizar os serviços prestados, que também devem ser renovados de tempos em tempos.

Acrescente à lista, ainda, a necessidade de constante inovação nos sistemas do condomínio. Hoje, existem plataformas virtuais que otimizam vários processos administrativos e mecânicos (como a automatização da irrigação de áreas verdes). Portanto, o síndico profissional precisa conhecer essas ferramentas que reduzem custos e tornam os serviços mais práticos.

Capacidade de negociação

Por fim, o gestor condominial deve ter boas habilidades de negociação, uma vez que não só buscará a conciliação de problemas internos do condomínio, mas também garantirá soluções externas eficientes. Imagine que o condomínio queira implantar um aplicativo para facilitar a gestão, o que costuma exigir bastante colaboração e uma equipe bem ampla.

Para desenvolver essa ferramenta, será preciso contratar uma empresa de Tecnologia da Informação (TI) com algum conhecimento de causa. Cabe ao síndico negociar com várias instituições para chegar àquela que oferece a melhor relação entre custo e benefício, levando em conta tanto o preço quanto a qualidade do resultado obtido. O mesmo acontecerá com a contratação dos fornecedores de materiais, produtos e outros tipos de serviços.

Como vimos, é verdade que a função de síndico profissional exige capacitação e conhecimento específico, portanto, muitos condomínios encontram dificuldades para preencher tal posto gerencial. No entanto, há empresas especializadas nesse tipo de serviço, que fornecerão todo o suporte de que os moradores necessitam para facilitar a gestão do local.

Quer conhecer uma delas? Então, entre em contato com a ConaC Imóveis e tenha acesso aos serviços especializados de um síndico profissional!

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