Os economistas sempre alertam sobre a necessidade de guardar uma quantia financeira para imprevistos ou a realização de um sonho material. Essa mesma regra se aplica em outras áreas. Por exemplo, o fundo de reserva de condomínio é essencial e obrigatório para a segurança financeira do empreendimento.
Sem falar que é uma garantia quando surge a necessidade de reformas ou melhorias na infraestrutura. Neste artigo, falaremos sobre outros benefícios do fundo de reserva condomínio. Além disso, mostraremos como funciona e como gerenciá-lo com eficiência. Acompanhe os próximos tópicos!
Por que fazer um fundo de reserva condomínio?
Entre todas as razões que apontam a importância de um fundo de reserva condomínio, talvez a mais importante seja evitar o endividamento. Uma vez que o empreendimento precisa de um bom capital de giro para reformas, manutenções, pagamento de tributos e funcionários, sem uma reserva de emergência, é fácil recorrer a empréstimos.
O grande problema disso são os elevados custos cobrados pelas instituições financeiras. No fim, o condomínio paga o dobro a até o triplo do que foi emprestado. Além disso, com parte do orçamento comprometido com essa dívida, diante de qualquer imprevisto, a única saída será pegar mais crédito. O resultado é o famoso efeito “bola de neve”.
Outro motivo que aponta o valor do fundo de reserva condomínio é, em muitas casos, a sua obrigatoriedade registrada na convenção ou regimento interno. Caso esse acordo seja desrespeitado, toda a credibilidade das outras regras pode ficar comprometida.
Como o fundo de reserva funciona?
O fundo de reserva condomínio é um suporte financeiro tão importante que consta na lei 4.591/64. Porém, essa legislação apenas garante a legitimidade dessa cobrança. Sendo assim, a quantia a ser arrecadada é definida pelos condôminos por meio de uma convenção.
Além do valor da contribuição total, é necessário o estabelecimento de um prazo de cobrança, ou seja, se os valores serão recolhidos indefinidamente ou até uma determinada quantia. Outro custo a ser incluído é o do rateio que visa diluir o valor a ser reservado entre os condôminos.
Nesse caso, o ideal é que o pagamento das cotas seja embasado no conceito de fração ideal. Funciona assim: o proprietário que detém dois imóveis no condomínio paga em dobro. Essa mesma regra engloba os donos de unidades com metragens maiores, como as coberturas. Para esses, a quantia do rateio será definida com base nos metros quadrados que excedem os de uma unidade padrão.
Uma dúvida comum é sobre o percentual a ser cobrado nas prestações. Existem condomínios que determinam entre 5 a 10% da taxa condominial — o que não pesaria muito do orçamento dos moradores. Por exemplo, se a taxa condominial é de 500 reais, a prestação para o fundo de reserva atingiria, no máximo, 50 reais.
Qual é o valor a ser reservado?
Mas qual é o fundo de reserva condomínio ideal? Depende da arrecadação mensal. Digamos que esse valor seja de 50 mil reais por mês, então uma reserva apropriada seria 150 mil reais. Vale lembrar que esse é um valor mínimo. Sendo assim, pode ser sensato não suspender as contribuições após alcançá-lo.
Afinal, as despesas aparecem de repente, e quando existe um fluxo financeiro constante entrando no fundo, não é necessário se preocupar com um novo pedido de contribuição para suprir o valor que foi usado. Visando o aumento da arrecadação, existem condomínios que aplicam no fundo a quantia vinda de multas e encargos aplicados em moradores — prática que deve ser aprovada em convenção.
Porém, alguns condôminos podem não gostar de uma contribuição contínua. Para amenizar reclamações, por meio de uma assembleia, pode ser definida a possibilidade de usar os valores para outros fins, como compra de equipamentos para manutenção. Além disso, no fim do ano, parte do valor do fundo pode ser revertido em bônus que diminuem o valor do condomínio, por exemplo.
Qual é a melhor forma de gerenciar o fundo de reserva?
Sem dúvida, não é fácil gerenciar uma grande quantia financeira vinda de várias contribuições de condôminos. Por isso, é preciso adotar práticas administrativas eficientes. Vejamos algumas delas.
Invista o dinheiro
Uma estratégia inteligente é aplicar o dinheiro do fundo de reserva condomínio em uma instituição financeira para não perder o valor real dele. Desse modo, os rendimentos mensais corrigirão o valor monetário do montante reservado. No entanto, o tipo de investimento deve ser conservador e não oferecer riscos, como a poupança.
Outra vantagem da poupança é a possibilidade de resgatar parte do dinheiro em qualquer momento, além das baixas tarifas administrativas cobradas pelos serviços. Essa conta poupança deve ser exclusiva do fundo, pois a aplicação do dinheiro vindo de outras contribuições acarretará problemas na gestão.
Faça prestação de contas
A gestão do fundo de reserva deve ser transparente. Nas assembleias periódicas do condomínio, a prestação de contas será um assunto recorrente na pauta. Fazendo assim, os moradores ganham confiança nos que administram o fundo e contribuem com tranquilidade.
Para reforçar a clareza, a condomínio pode disponibilizar uma página na internet ou aplicativo que possibilite o acesso fácil as movimentações e arrecadações financeiras. Além disso, é importante ter um canal de ouvidoria para sanar quaisquer dúvidas de moradores sobre a gestão dos recursos.
Divulgue as ações
Os condôminos precisam visualizar como o dinheiro das contribuições está sendo investido. Desse modo, eles entenderão a importância do fundo de reserva. Algo que ajuda é a divulgação das ações feitas com o capital recolhido. Para isso, os gestores podem usar as redes sociais do condomínio para expor fotos, vídeos e depoimentos sobre obras, manutenções e melhorias.
Com certeza, a reserva é uma atitude prudente e muito sábia. Como vimos, evita que os moradores precisem desembolsar uma grande quantia diante de uma emergência. Além disso, protege a infraestrutura do empreendimento, pois sempre haverá capital para manutenção preventiva.
Ademais, com um bom gerenciamento dos recursos, é possível atingir a excelência e o respeito pelo fundo de reserva condomínio. O resultado será uma maior segurança na relação entre os condôminos, bem como um sentimento de orgulho pelo zelo e cuidado com a infraestrutura do empreendimento.
O que achou de nosso artigo? Entendeu o que é o fundo reserva condomínio e como montar um de maneira eficiente? Queremos ler a sua opinião sobre esse assunto, além de sugestões e ideias interessantes. Deixe o seu comentário!
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