A inadimplência do condomínio é um dos grandes problemas com os quais administradoras e síndicos precisam lidar com certa frequência. Naturalmente, a falta do pagamento de algumas mensalidades gera impactos no caixa. O condomínio tem seu orçamento e suas despesas e, se não há recebimento de todo o capital esperado, podem surgir problemas a longo prazo.
Os impactos são diretos e se tornam uma verdadeira bola de neve. Por isso, trabalhar com práticas que reduzam a taxa de inadimplência é fundamental e urgente. Neste post, você entenderá mais sobre essa situação, como ela influencia negativamente o condomínio e como conseguir reduzir a incidência desse problema. Confira a seguir!
O que é e como funciona a inadimplência do condomínio
A inadimplência nada mais é do que a ausência do pagamento da taxa do condomínio, situação corriqueira na maioria das propriedades. Legalmente, essa situação se concretiza quando não o pagamento não for efetuado até a data limite do vencimento do boleto. O atraso já concretiza a inadimplência para fins legais; no entanto, é sempre importante considerar o contexto.
Alguns síndicos e administradoras são mais flexíveis quanto a isso, considerando a inadimplência apenas quando não há pagamento em 30 dias após o vencimento. Entende-se que o atraso, quando pequeno, é aceitável, uma vez que não impacta tanto o orçamento. Mais do que isso, o condomínio pode ser prejudicado, especialmente quando vários moradores estão na mesma situação.
Os impactos que a falta de pagamentos pode gerar
Naturalmente, a inadimplência do condomínio gera algumas consequências. A maioria delas causa muitas dores de cabeça aos administradores e aos síndicos. Conhecer todos esses desdobramentos é importante para a preparação de quem está à frente do empreendimento. A seguir, conheça os impactos da inadimplência do condomínio.
Desfalque no caixa
O principal problema gerado é justamente o impacto no caixa. Se há 300 moradores, mas só 150 pagam, certamente haverá um déficit muito prejudicial às contas. Com despesas pensadas no número de pessoas, um volume de arrecadação menor gera um problema constante. As reservas serão prejudicadas e o custeio de serviços e despesas básicas também sofrerá desfalques.
Necessidade de taxas extras
Como o condomínio não pode parar, os outros moradores também sofrem as consequências da inadimplência. Ainda que haja uma reserva financeira, em determinado momento ela não será suficiente para custear os serviços. A única forma de repor esse desfalque é cobrando taxas extras. Essa necessidade mostra como a inadimplência afeta não só a gestão, mas também os moradores.
Cobranças judiciais
Em alguns casos, tentativas de negociação e de acertos não serão suficientes. As cobranças judiciais poderão ser uma consequência como mecanismo de defesa do condomínio. É uma situação a que, naturalmente, nenhuma das partes envolvidas quer chegar, mas pode ser a única saída em alguns casos. Além do tempo, ações também geram custos que sairão do caixa do empreendimento.
Situações de desconforto
A inadimplência gera, além de tudo, uma grande situação de desconforto, seja para quem deve, seja para síndicos e administração. As cobranças são inevitáveis e recorrentes, o que torna a situação ainda mais chata e, em alguns momentos, até mesmo constrangedora. Nesse trabalho, um cuidado em especial deve ser tomado: o inadimplente não pode ser exposto em hipótese alguma!
As melhores práticas para reduzir esse problema
O problema sempre vai acontecer, mas há formas de tentar reduzi-lo e, principalmente, evitar de forma inteligente que mais pessoas se tornem devedores. A seguir, veja algumas dicas valiosas de como reduzir a inadimplência do condomínio.
Conscientize os moradores
Falar sobre o problema será sempre fundamental. A maioria dos moradores tem disciplina e se importa com o pagamento das taxas, principalmente porque entende que eles próprios são beneficiados. Por isso, a questão deve ser abordada e exposta claramente, com a indicação das principais consequências da inadimplência para o condomínio e os condôminos.
Faça campanhas de conscientização, sempre reforçando o tamanho do problema quando a administração não recebe todos os pagamentos que espera. Divulgue materiais explicativos sobre os impactos e como todos saem prejudicados. Faça isso por meio de cartazes, circulares, por WhatsApp, e-mail e nas mídias do condomínio.
Notifique a inadimplência corretamente
Ao detectar a inadimplência, é fundamental comunicar ao morador que há um problema. O contato deve ser sempre direto, com a notificação do atraso feita de forma transparente e objetiva. Os valores devem ser expostos nesse comunicado, com a explicação sobre a qual período eles são referentes. No entanto, muito cuidado: esse comunicado deve ser feito de maneira privada.
Em nenhum momento o nome do inadimplente deve ser exposto de forma pública, de modo que todos os outros moradores vejam. O contato direto torna o assunto particular, de interesse somente à administração e ao devedor. Não é um problema que os outros moradores saibam que há devedores, no entanto, eles não podem saber exatamente quem são essas pessoas.
Negocie o pagamento sempre que possível
Nem toda inadimplência é originária de falta de comprometimento ou responsabilidade. Todos passam por dificuldades financeiras e, por mais que não queiram, dever o condomínio é uma consequência. Por isso, síndicos devem sempre buscar um acerto amigável entre os valores. O contato pessoal traz essa aproximação, em uma ocasião em que a negociação é facilitada.
Nesses casos, pode ser interessante até mesmo reduzir o valor cobrado. Descontos podem facilitar o condômino que está disposto a pagar, mas não tem o valor total. Chegar a um acordo é interessante para as duas partes: o condomínio reduz seu déficit no caixa, enquanto o morador tem o desafogo para, dali em diante, arcar com as taxas em dia.
Evite o acúmulo de dívidas
Um dos grandes problemas da inadimplência não é a falta de pagamentos em um mês, mas sim o acúmulo da dívida. Diante disso, é fundamental realizar as cobranças em tempo para que essa bola de neve não se concretize! Ao verificar que há um atraso, síndicos e administradoras devem ir direto ao ponto e emitir comunicados ao morador. Se necessário, até mesmo um contato pessoal pode ser disponibilizado.
O importante é não deixar que o problema seja ainda maior, com uma dívida acumulada e ainda mais difícil de ser paga. Quanto mais cedo o valor for quitado, menores serão os esforços do morador que está em débito e menor será o tamanho da falta no caixa do condomínio.
Lidar com a inadimplência do condomínio nem sempre é fácil, mas é parte do trabalho! Com essas dicas você já tem melhores direcionamentos para reduzir o problema, buscando soluções diretas de negociação. Lembre-se de que a comunicação é fundamental, sempre de maneira direta, mas nunca expondo os devedores.
Lidar com as contas do condomínio é uma verdadeira missão! Saiba como torná-la menos difícil por meio dessas 7 dicas valiosas de gestão!
Share this content:
0 comentário